sexta-feira, 28 de maio de 2010

Aos Marxistas da língua

A onda do politicamente correto -o coqueluxe pós-segunda Guerra disseminado pelos norte-americanos - atingiu praticamente todos os aspectos sociais: não podíamos dar um passo sem ter o cuidado de não ofender a nenhuma "minoria subjulgada pelos brancos malignos";setenta anos depois ainda vivemos neste mesmo estado hipócrita sem que faz de tudo um apartheid em potencial.
Mas não vim falar do politicamente correto geral, vim falar de um que atinge um aspecto mais específico:a língua.Caríssimos, eu estou longe de dominar com maestria o idioma de Camões, vez que não falo "Assisti ao filme" ou "De-me o livro"e tenho certeza que este mesmíssimo texto não passaria inóculo por um exame gramático castiço; mas sou obrigado a reconhecer que sim, existe um padrão que deve ser respeitado por todos.


Nossa bela língua, a última flor do lácio, é assassinada todos os dias por milhões de pessoas que receberam uma péssima alfabetização e educação em geral, e que ao invés de tentarem se esmerar, acabam por persistir no erro. Pior, eles recebem o apoio (vejam só!) de linguistas que justamente deviam ser estudiosos do idioma e que não haver uma forma errada de se falar, que tudo não passa de "particularidades",que aqueles que tentam impor um padrão são retrógrados, preconceituosos contra a fala da gente comum. Bananas para estes senhores!
Esta mania de que não a "certo ou errado", que tudo depende esta se tornando abusiva. Não que o mundo seja puramente maniqueísta, mas o inverso também não é verdadeiro! Eles ficam a defender o incorreto, mas esquecem que os matutos falam errado justamente pela pobreza - que é uma mazela não uma razão de orgulho. Se fossem a escola metade dos erros iam embora, na certa!

Talvez este texto seja encarado como preconceituoso. Vão me dizer que o rotacismo é o destino inexorável; que "eu a vi" esta fora de moda, que "viva o jeito povão de falar". Dane-se todos; se a língua é viva quem somos nós para matá-la?