sábado, 26 de junho de 2010

Amnistia Internacional

Eu sempre tive certa desconfiança com a Amnistia Internacional, órgão que considero – no mais elogioso dos termos – uma capenga tentativa de levar justiça e voz aos cidadãos do globo. Pois bem, eis que a AI resolve por como alvo uma de suas nações “favoritas”: o Brasil.

Além de defender nossos criminosos, o grupo paraestatal que atente por MST, índios separatistas, agora eles resolveram atacar uma decisão (legítima, autônoma e democrática) do STF de manter a Lei da Anistia.

Meus caros, sabemos que no Brasil nem a ditadura foi uma coisa séria, podendo realmente ser considerada uma “ditabranda”. O número total de mortos é o que os militares argentinos chamariam de “uma semana fraca”; o COI-DODI era um passeio ao parque comparado a uma ida a ESMA; a chamada de Estado civilizado era quase isso, a maior parte da população vivia sem ter a impressão de se estar numa ditadura, não por alienação social, mas porque realmente não parecia!

Óbvio que ditaduras são sistemas repressores que devem ser abolidos, monstros, mas a nossa não foi à monstruosidade-mor que as dos nossos vizinhos foi; então menos barulho, por favor. Achei até simpática esta lei, que anistiava inclusive os grupos de esquerda, pseudo-intelectualizados, que tudo que desejavam era impor uma ditadura “a la Stalin”.

Outro ponto é a profunda “eurocentralização” da AI. É um órgão europeu, dirigido por europeus, que dizem o que é ou não direitos humanos segundo a óptica européia, sem levar em conta outras visões. Um simples exemplo é que eles criticam ferrenhamente a pena de morte –proibidas na Europa- mas sobre os abortos – legais em quase toda a Europa- nem um piu. Não é aborto assassinato? Não atenta contra a dignidade da pessoa humana? Pois bem, se a Europa acha que não, é justo PARA ELES. Impor esta visão a outros povos é uma volta ao século XIX; não precisamos mais do “fardo do homem branco”.

Me recuso a viver sob uma lei internacional, uma vez que a visão de ética, justiça entre outros fatores, varia de país para país. Não existe um direito internacional consistente pelo simples fator de que não há uma visão realmente única sob todos os temas. A nobre exceção de alguns casos – como tortura, julgamentos parciais, falta de liberdade de expressão – a maioria esmagadora das questões legais não é homogênea e varia muito de sistema para sistema.

Assim, vejo como ilegítima as reclamações da AI contra a Lei da Anistia feitas por Tim Cahill, o responsável pelo Brasil nos assuntos da Ai, que alias, é um britânico. O mundo realmente é europeu.